Por Rudson Mazzorana
Tapete vermelho, champanhe e gozação
Muitas câmeras e luzes para pouca ação
Cueca cheia de dinheiro, calibre e ereção
Branca ou rosa, a casa da vez é a tentação
Ele não viu, ela omitiu, o outro escondeu
Ninguém encontrou o que Alguém perdeu
Alguém na rua procura moedas no breu
Ninguém na sala conta o que não é seu
Silêncio na coxia, muito corte na edição
O que era fato foi excluído da gravação
Boca fedida, cárie sem obturação
Pouco nariz para muita respiração
Este não sabe, esta não viu, quem esqueceu?
A casa caiu, a chave sumiu, o cofre cresceu
Ninguém quer saber se Alguém não comeu
A gorjeta aumentou mas o salário encolheu
Tem merda no quintal daquela mansão
Uma Maria dividida entre José e João
Tem pouco saco pra muito tesão
Mãos na cabeça, tiros, três oitão
A vaca cegou, o veado sumiu, o burro morreu
Alguém colocou o nariz que Ninguém concedeu
Muitas mentiras na história que a verdade não leu
Enquanto Alguém dormia, Ninguém foi lá, escreveu
O poder está na mãos de um Judas, Cristo ou Ateu?
Nenhum comentário:
Postar um comentário